
Imagine a situação: a sua casa está equipada com um sistema de aquecimento antigo com radiadores de ferro fundido que serviram fielmente durante décadas. Contudo, com o aumento dos preços da energia e a crescente exigência de sustentabilidade, a velha caldeira a gás ou a combustíveis sólidos torna-se um fardo cada vez maior. Quando recorre a especialistas para instalar uma bomba de calor energeticamente eficiente, ouve uma resposta desanimadora: "Vai ser preciso substituir todos os radiadores e tubagens".
Este é um problema típico dos proprietários de edifícios antigos. Radiadores de ferro fundido e aço, sistemas monotubo de distribuição, concebidos para funcionar com fluido térmico a alta temperatura (70-90°C), não conseguem trabalhar de forma eficiente com bombas de calor standard. A maioria das bombas de calor no mercado proporciona uma temperatura máxima de ida de 55-60°C, o que é insuficiente para a operação eficaz de radiadores antigos, sobretudo nos dias frios de inverno.
Porque é necessária uma alta temperatura da água numa reabilitação
Para compreender o problema, é preciso aprofundar a física dos processos de transferência de calor nos sistemas de aquecimento antigos. Os radiadores tradicionais de ferro fundido e aço foram projetados para trabalhar com fluido térmico a alta temperatura — normalmente no intervalo de 70-90°C na ida e 60-70°C no retorno. A estas temperaturas, garantem a emissão térmica necessária para manter o conforto no interior.
Quando a temperatura do fluido térmico diminui, a emissão térmica dos radiadores cai abruptamente. Por exemplo, reduzindo a temperatura do fluido de 75°C para 55°C (temperatura máxima típica para bombas de calor standard), a potência térmica de radiadores antigos pode baixar 40-50%. Isto significa que radiadores que anteriormente aqueciam adequadamente o espaço deixam de conseguir assegurar uma temperatura confortável.
Nesta situação, existem duas vias para resolver o problema:
- Substituir completamente todos os radiadores por modelos de baixa temperatura (por exemplo, alumínio ou bimetálicos) com maior área de transferência de calor e modernizar a distribuição — solução cara e trabalhosa
- Instalar uma bomba de calor de alta temperatura, capaz de manter temperatura de ida até 75°C — solução mais económica e menos invasiva
Do ponto de vista físico, as bombas de calor de alta temperatura funcionam segundo o mesmo princípio do ciclo de Carnot que os modelos standard, mas são otimizadas para trabalhar com temperaturas de condensação mais elevadas. Isto reduz um pouco o seu coeficiente de desempenho (COP), mas mesmo com COP na ordem de 3,0-3,2 a altas temperaturas de ida, continuam a ser 3-3,2 vezes mais eficientes do que caldeiras elétricas e significativamente mais económicas do que caldeiras a gás ou a combustíveis sólidos.
Checklist de parâmetros ao escolher uma bomba de calor para reabilitação
Ao escolher uma bomba de calor para reabilitar um sistema de aquecimento antigo, preste atenção a estes parâmetros-chave:
- Temperatura máxima de ida: Para radiadores antigos é necessária uma temperatura de pelo menos 65-75°C
- Coeficiente de desempenho (COP/SCOP): São especialmente relevantes os valores a altas temperaturas de ida (A7/W55, A7/W65) — indicam a eficiência real no regime de trabalho com os seus radiadores
- Gama de temperaturas exteriores de funcionamento: Certifique-se de que a bomba de calor mantém a operabilidade às temperaturas mínimas da sua região
- Potência térmica: Deve corresponder às perdas térmicas do edifício (aprox. 100 W/m² para edifícios antigos)
- Tipo de construção: O monobloco simplifica a instalação; todos os componentes do circuito frigorífico num único corpo, sem necessidade de licenças especiais
- Tipo de refrigerante: Preferência para refrigerantes ecológicos (o R290 tem potencial de depleção do ozono nulo e potencial de aquecimento global mínimo)
- Sistema de controlo: Presença de regulação climática e possibilidade de integração com sistemas existentes (Modbus)
- Funcionalidades: Modos de arrefecimento e aquecimento de AQS acrescentam versatilidade ao sistema
Tabela de modelos BeeEco com características reais
Modelo | MHCM 06 SU1A | MHCM 12 SU3A | MHCM 18 SU3A |
---|---|---|---|
Potência térmica A7/W35 | 6,3 kW | 12,2 kW | 18,5 kW |
Potência térmica A7/W55 | 5,95 kW | 10,5 kW | 16,8 kW |
COP A7/W35 | até 4,85 | até 4,75 | até 4,78 |
COP A7/W55 | até 3,23 | até 3,15 | até 3,19 |
Temperatura máxima de ida | +75°C | +75°C | +75°C |
Operação até temperatura do ar | -25°C | -25°C | -25°C |
Alimentação elétrica | 230 V/50 Hz | 400 V/50 Hz | 400 V/50 Hz |
Peso | 110 kg | 123 kg | 184 kg |
Nível de ruído | 48 dB(A) | 50 dB(A) | 55 dB(A) |
A gama de funcionamento em aquecimento para todos os modelos BeeEco: de -25°C a +45°C de temperatura do ar exterior, com temperatura de ida do fluido térmico de +20°C a +75°C.
Quando faz sentido escolher a BeeEco
As bombas de calor BeeEco são a solução ideal nos seguintes cenários concretos:
- Reabilitação sem substituir radiadores: Se tem radiadores de ferro fundido ou aço que necessitam de 65-75°C para funcionar de forma eficiente, a BeeEco é uma das poucas bombas de calor residenciais capazes de fornecer essa temperatura
- Sistema de aquecimento monotubo: Estes sistemas requerem temperaturas elevadas do fluido térmico, e com a BeeEco não é necessário refazer toda a distribuição
- Poupança na instalação: A construção em monobloco significa que todos os componentes estão num único corpo, minimizando os trabalhos dentro da casa
- Operação em clima frio: A capacidade de trabalhar com temperaturas até -25°C assegura aquecimento estável mesmo nos dias mais frios de inverno
- Integração com a caldeira existente: A possibilidade de ligação em cascata permite usar a BeeEco com a caldeira existente como fonte de calor de reserva ou adicional
- Sustentabilidade: O uso do refrigerante R290 (propano) em vez de gases fluorados torna o sistema ambientalmente seguro
Alternativas e comparação
Para uma escolha objetiva, vale a pena considerar todas as alternativas disponíveis:
- Bombas de calor standard (até 55°C): Têm COP mais elevado (até 5-5,5) e menor custo, mas exigem a substituição de todos os radiadores e muitas vezes a reformulação da distribuição
- Caldeiras a gás/gasóleo: Fornecem alta temperatura do fluido e custo de equipamento relativamente baixo, mas apresentam eficiência significativamente inferior (85-95% contra 300-480% das bombas de calor), emissões de CO₂ e dependência da disponibilidade e preço do combustível
- Caldeiras elétricas: Instalação simples e baixo custo de equipamento, mas custo de operação 3-4,8 vezes superior face a uma bomba de calor (COP=1 contra COP=3-4,8)
- Bombas de calor geotérmicas: Proporcionam COP mais alto (até 5,5-6,0) e maior longevidade, mas exigem perfuração de sondas ou colocação de coletor horizontal, elevando significativamente o custo inicial e o tempo de instalação
Instalação e operação: aspetos práticos
A instalação da bomba de calor BeeEco tem várias vantagens práticas:
- Facilidade de instalação: A construção monobloco significa que todos os componentes do circuito frigorífico estão numa unidade exterior, simplificando muito a montagem
- Ligação ao sistema antigo: Os modelos MHCM 06 SU1A e MHCM 12 SU3A têm ligações G1", e o modelo MHCM 18 SU3A — G1¼". O débito do fluido térmico é de 0,65–1,0 m³/h para a 06, 0,9–2,1 m³/h para a 12, 1,6–3,0 m³/h para a 18
- Regulação climática (compensação climática): O controlador tátil com modo de compensação climática adapta automaticamente o funcionamento do sistema à temperatura exterior, aumentando a eficiência
- Controlo remoto: A aplicação para smartphone permite controlar e ajustar a bomba de calor remotamente
- Aquecimento de AQS: A BeeEco pode aquecer AQS através de uma válvula de 3 vias com função de desinfeção (anti-legionella)
- Controlo em cascata: Possibilidade de ligação de várias bombas de calor para instalações maiores
Solução prática: aproveitar o espaço da antiga caldeira
Numa reabilitação com substituição da antiga caldeira por uma bomba de calor BeeEco, surge a possibilidade de utilizar de forma racional o espaço libertado. É sensato instalar:
- Depósito tampão (acumulador de calor) 300–500 l — para acumular calor e suavizar picos de carga. Para um sistema de alta temperatura, o tampão é especialmente importante, pois reduz o número de arranques/paragens do compressor, estabiliza a temperatura, permite usar de forma eficiente a tarifa noturna de eletricidade e melhora o COP
- Acumulador de AQS — a BeeEco pode aquecê-lo através de uma válvula de 3 vias até 55-60°C com função de desinfeção
- Módulo hidráulico — bloco compacto com bombas, válvulas misturadoras e vaso de expansão para simplificar a ligação
Este esquema permite tirar o máximo partido da infraestrutura existente: o espaço da antiga caldeira e parte da tubagem disponível, enquanto a própria bomba de calor BeeEco, como monobloco, é instalada no exterior.
FAQ: respostas às perguntas frequentes
É possível ligar a BeeEco a radiadores de ferro fundido?
Sim, a BeeEco foi especialmente desenvolvida para trabalhar com sistemas de aquecimento de alta temperatura, incluindo radiadores de ferro fundido. A capacidade de fornecer temperatura de ida até 75°C permite aquecer eficazmente os espaços mesmo através de radiadores antigos.
Qual a diferença de consumo entre os modos A7/W35 e A7/W55?
Ao operar em A7/W55 (temperatura do ar 7°C, temperatura da água 55°C), o consumo de eletricidade é aproximadamente 35-40% superior ao do modo A7/W35, devido às características físicas do ciclo termodinâmico. Ainda assim, mesmo em regime de alta temperatura, a eficiência permanece mais de 3 vezes superior à de uma caldeira elétrica.
É necessário substituir os tubos ao instalar a bomba de calor?
Na maioria dos casos, para ligar a BeeEco ao sistema de aquecimento existente não é necessário substituir todas as tubagens. Basta efetuar a ligação da unidade exterior ao ponto de entrada do sistema antigo. É importante verificar o estado das tubagens existentes e, se necessário, realizar a lavagem do sistema.
A bomba de calor funciona a temperaturas inferiores a -10°C?
Sim, todos os modelos BeeEco funcionam garantidamente com temperatura exterior do ar até -25°C. Mantêm a capacidade de fornecer alta temperatura do fluido térmico, embora a eficiência (COP) diminua com temperaturas exteriores muito baixas.
Pode utilizar a BeeEco para arrefecimento no verão?
Sim, todos os modelos BeeEco dispõem de função de arrefecimento ativo, permitindo usar o sistema para climatização no período de verão. A temperatura do fluido térmico em arrefecimento pode variar de +7°C a +25°C.
O que é a regulação climática e para que serve?
A regulação climática adapta automaticamente a temperatura do fluido térmico à temperatura exterior. Quando o exterior aquece, o sistema reduz a temperatura do fluido, aumentando a eficiência e reduzindo os custos de operação. Isto é especialmente importante para bombas de calor, já que a sua eficiência aumenta significativamente com a diminuição da temperatura de ida.
Modernize o seu sistema de aquecimento com a BeeEco
Se é proprietário de uma casa com um sistema de aquecimento antigo e procura aumentar a eficiência sem substituir completamente radiadores e distribuição, a bomba de calor BeeEco é a solução ideal. A capacidade de trabalhar com temperatura de ida até 75°C permite integrá-la num sistema de alta temperatura existente, proporcionando uma redução significativa nos custos de operação e maior conforto.
Para obter uma consulta gratuita de um engenheiro sobre a possibilidade de integrar a BeeEco no seu sistema de aquecimento específico, contacte os nossos especialistas. Ajudaremos a calcular a potência necessária, selecionar o modelo ótimo e planear a instalação com intervenções mínimas no seu sistema existente.
Consulte exemplos de projetos de modernização bem-sucedidos com a BeeEco no nosso site e comprove a eficácia desta solução em casos reais.